Para quem é perfeccionista

Você sabe o que é o perfeccionismo? Como ele age na sua vida? Aliás, o perfeccionismo é bom ou ruim?

Nessa breve matéria irei introduzir esse assunto com pontos importantes para vocês.

 

Perfeccionismo é quando a pessoa obstina-se a realizar as tarefas sem erros e com grande excelência.

Mas, isso é ruim? Até determinado ponto não, vamos tentar entender melhor.

Imagine que você recebeu uma determinada tarefa para realizar no serviço, é natural que você se prepare para deixar tudo pronto com muita dedicação para que o projeto seja muito bem feito, revisa algumas vezes, muda alguns pontos, sempre buscando o melhor, pois desempenhar nossas tarefas com qualidade são aspectos fundamentais para que possamos nos desenvolver e termos reconhecimento nos meios nos quais estamos inseridos. Até esse ponto o grau do perfeccionismo parece estar em um parâmetro normal.

 

Agora atenção a esses pontos, se você é:

 

  • Altamente crítico consigo mesmo;

  • Crítico com as tarefas de terceiros;

  • Evita situações com medo de errar e assim ter o sentimento de fracasso.

Pode-se dizer que esse perfeccionismo já é disfuncional e pode estar trazendo danos significativos para sua vida, por vezes ainda impercebidos.

 

 

Como funciona o Perfeccionismo

 

 

Uma das coisas que aprendemos com a Terapia Cognitivo-Comportamental é que não são as situações que vivenciamos que possuem influência no nosso estado de humor, mas sim a interpretação que fazemos delas. 

Acompanha o raciocínio comigo:

“Nossa interpretação influencia diretamente nossas emoções, nossos comportamentos e nossas reações corporais. Sendo assim, pessoas que têm pensamentos perfeccionistas (p. ex.: “eu devo ser perfeito”) tendem a ter comportamentos coerentes com essa interpretação sobre si mesmo. Esse comportamento tanto pode confirmar esse pensamento (p. ex.: verificar repetidas vezes se o trabalho está feito com perfeição), quanto evitar entrar em contato com ele (p. ex.: adiar uma tarefa).

A evitação é muito comum no perfeccionismo, uma vez que os padrões elevados geram um alto nível de ansiedade e estresse, fazendo com que o indivíduo se engaje em outras atividades que aliviem esse estado emocional.”

 

Agora presta atenção nisso:

Uma pessoa perfeccionista evita excessivamente o erro, acreditando que somente com a perfeição é possível ter aprovação das outras pessoas. 

 

 

Perfeccionismo e suas consequências

 

 

Já mencionado como funciona o mecanismo do perfeccionismo, agora iremos pensar em vários prejuízos e como eles estão interligados entre si. 

Quero falar com vocês sobre ansiedade, evitação e frustração. 

 

Ansiedade: No perfeccionismo, os padrões elevados, desejado pela pessoa, geram um alto nível de ansiedade, muitas vezes trazendo sintomas fisiológicos, nisso é comum que o indivíduo se engaje em outras atividades que aliviem esse estado emocional evitando a tarefa inicial.

 

Evitação: Os sintomas fisiológicos da ansiedade podem ser o causador da evitação. Quando uma pessoa se vê à frente de uma situação que causa ansiedade é comum que a pessoa comece a evitar essas situações para que não precise lidar com esses sintomas que tanto incomodam 

 

Frustração: O comportamento de não praticar novas experiências por causa do sentimento de julgamento causado pelo perfeccionismo não só evita as reações fisiológicas da ansiedade mas também evita as experiências da vida, causando um um alto sentimento de frustração trazendo prejuízo na vida profissional, pessoal, conjugal. 

 

 

Dica da Psicóloga:

Permita-se errar, esteja com a mente aberta, flexível para o erro, use o erro como forma de aprendizado, seja generoso consigo mesmo e  compreenda que podemos usar o erro como forma de crescimento.

É aquela frase que faz todo sentido “ninguém nasceu sabendo”, sim! É isso mesmo e é a partir dos erros que no próximo passo que você se arriscar a mente terá a compreensão  do que devemos ou não fazer, saiba que errar faz parte da vida!

 

 

Essa matéria foi escrita por:

Miriã de Oliveira Pereira / CRP06-195106

Psicóloga da equipe CIENTE Psicologia